Fui gentilmente presenteada por amigos que voltavam da Europa com uma bolsa Louis Vuitton. Usei e abusei do presente por algum tempo mas, confesso, o que outrora me envaidecia, agora me constrange.
O constrangimento não surge por poder encontrar adolescentes com uma Louis Vuitton idêntica à minha caminhando pela rua. A origem do desconforto é a possibilidade de poder ser apontada como usuária de um produto pirata – ainda que a minha bolsa não seja. Enfim, tenho tido dificuldade em conseguir deixar minha LV à vista, sem que isso me cause embaraço.
O interessante é que a Louis Vuitton, bem como as demais grandes grifes, não estão assim, desconfortáveis, como eu. Afinal, essas inúmeras réplicas piratas que inundam o mercado popular acabam auxiliando no marketing da empresa, na propagação da marca.
Importante! O público alvo de grandes grifes não é a garotinha que pede dinheiro emprestado ao pai e compra sua bolsa de “grife” para utilizar numa duvidosa combinação com tênis e boné virado. Todavia, a indústria da pirataria acaba impulsionando os rendimentos das grandes marcas de moda. Ela é a motivadora na compra de um novo produto, original e livre dos camelôs por algum tempo.
Vale lembrar que, por melhor que seja a cópia, a indústria da pirataria é tecnicamente incapaz de ter time-to-market para lançar modelos e sair à frente de uma Louis Vuitton, por exemplo. O pirata se limita a copiar aquilo que está sendo ou já foi moda. Assim, a pirataria é a mola que impulsiona a venda de lançamentos das grandes grifes. O “sentir vergonha” da peça que já é vendida em camelô é que faz com que a cliente queira renovar seu guarda-roupa e comprar, para seu deleite, uma peça que ainda é livre de imitações.
Enquanto isso, deixo minha Louis Vuitton repousando no armário e saio com a minha "Datellizinha", humilde, porém compatriota e menos visada.
O constrangimento não surge por poder encontrar adolescentes com uma Louis Vuitton idêntica à minha caminhando pela rua. A origem do desconforto é a possibilidade de poder ser apontada como usuária de um produto pirata – ainda que a minha bolsa não seja. Enfim, tenho tido dificuldade em conseguir deixar minha LV à vista, sem que isso me cause embaraço.
O interessante é que a Louis Vuitton, bem como as demais grandes grifes, não estão assim, desconfortáveis, como eu. Afinal, essas inúmeras réplicas piratas que inundam o mercado popular acabam auxiliando no marketing da empresa, na propagação da marca.
Importante! O público alvo de grandes grifes não é a garotinha que pede dinheiro emprestado ao pai e compra sua bolsa de “grife” para utilizar numa duvidosa combinação com tênis e boné virado. Todavia, a indústria da pirataria acaba impulsionando os rendimentos das grandes marcas de moda. Ela é a motivadora na compra de um novo produto, original e livre dos camelôs por algum tempo.
Vale lembrar que, por melhor que seja a cópia, a indústria da pirataria é tecnicamente incapaz de ter time-to-market para lançar modelos e sair à frente de uma Louis Vuitton, por exemplo. O pirata se limita a copiar aquilo que está sendo ou já foi moda. Assim, a pirataria é a mola que impulsiona a venda de lançamentos das grandes grifes. O “sentir vergonha” da peça que já é vendida em camelô é que faz com que a cliente queira renovar seu guarda-roupa e comprar, para seu deleite, uma peça que ainda é livre de imitações.
Enquanto isso, deixo minha Louis Vuitton repousando no armário e saio com a minha "Datellizinha", humilde, porém compatriota e menos visada.