segunda-feira, 18 de abril de 2011

Um caminho para a paz?

Vejo as rebeliões do oriente médio como um firme primeiro passo para resolução dos problemas Palestina/Israel.

Quando não há ditaduras, teocracias, monarquias ou outros tipos de absolutismos, o estabelecimento da paz ocorre de maneira mais natural.

O civil médio não odeia. Então, se a coletividade do civil médio está no poder, existirá uma tendência maior a pacificação.

Se os palestinos, a partir do exemplo egípcio e líbio, abonarem a tendência de seguir “caudilhos” muçulmanos, e os israelenses livrarem-se de seus resquícios sionistas, isto traria, sem dúvida, saldo positivo à paz.

domingo, 21 de setembro de 2008

Onyx e a causa farrapa

O candidato Onyx Lorenzoni aparece nas pesquisas com modestos 5% das intenções de voto para a prefeitura de Porto Alegre. Esse fato, sem dúvida, retumba como auspicioso.

O partido de Onyx não é relevante (nem para mim e nem para ele), importa que esses 5% denotam a maturidade eleitoral do povo da capital gaúcha. Também não vem ao caso quem está em primeiro lugar na corrida eleitoral daquela cidade, importa que Onyx é o típico político/ator/demagogo cujo único conteúdo notável é a ambição por um dia ser Presidente da República. Apesar da intensa campanha eleitoral e das inúmeras aparições pirotécnicas na cena política, o povo o ignora.

Há tempos eu não tinha notícia de um fato que relembrasse o vanguardismo do pensamento político gaúcho. No caso dos parcos 5%, a inovação está na imunização da sociedade contra males como Onyx Lorenzoni e a politicagem para inglês ver.

Concomitantemente à divulgação dos 5%, o Rio Grande do Sul comemora a Revolução Farroupilha, uma longa guerra de gaúchos contra os regentes do império, ocorrida em meados do século 19. Na ocasião, os revolucionários estavam descontentes com a situação político-econômica. Apesar de ter objetivos separatistas, a alma da revolução eram as modernas idéias republicanas.

A partir de então tivemos vários outros exemplos da efervescência de idéias políticas no sul do país e de experimentações, ainda que algumas vezes desastrosas.

Enfim, salve os 5% de Onyx e a maturidade política do povo de Porto Alegre.

domingo, 14 de setembro de 2008

O Político, o Bandido e Homer Simpson

O carioca Armando Canosa, 47 anos, é conhecido no subúrbio onde mora simplesmente por "Cabelo".

Cabelo possui uma frota de táxis e vans ilegais. Vivem desse negócio sua mulher e quatro filhos, bem como cada um dos 12 motoristas e suas respectivas famílias. Ou seja, são aproximadamente cinqüenta pessoas, a maioria em idade eleitoral, vivendo do crime.

Tais pessoas votariam em um candidato a prefeito que prometesse acabar com as vans clandestinas?

Os homens que sonharam e projetaram a democracia imaginaram um sistema de governo em que a cúpula do poder fosse formada por representantes do povo. O sistema funcionou exatamente conforme o esperado. E o clã de Mister Cabelo, agraciado com o direito ao voto, lamentavelmente elegerá um representante a sua altura. Se tivermos uma boa parcela da população garantindo seu sustento através do crime, essas pessoas escolherão representantes afins, ou que pelo menos sejam coniventes com seus objetivos.

Acabo de ler que quatro dos candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro já assinaram um termo de compromisso com as entidades marginais de "transporte alternativo". Esse termo aliviaria da fiscalização pública "empresas" como a de Cabelo.

Que situação ridícula!!! A cidade maravilhosa já é motivo de chacota no mundo inteiro por conta do transporte ilegal. Quem não lembra do episódio dos Simpsons que se passou no Rio, com Homer sendo assaltado após tomar "unlicensed taxi"??

À época, este episódio motivou aborrecida carta oficial do nosso presidente para o dos EUA. E hoje, que ironia... O termo de compromisso dos candidatos do Rio – um novo documento oficial – legitima o que outrora fora chacota nos Simpsons. Além de garantir, é claro, uma vantagem considerável de votos aos candidatos e a comida na mesa da família de Cabelo.

domingo, 25 de maio de 2008

Inclusão no Reino de Alá


Dia desses ouvi que um grupo terrorista iraquiano usou pessoas com síndrome de Down como homens bomba – ou mulheres bomba – em um atentado.

Isso foi há alguns meses, porém é possível que vire prática comum. Mas não os critiquem!

Inclusão e acessibilidade são temas importantíssimos. O atentado prova que o reino de Alá, para onde vão os homens, mulheres e crianças bomba, além de luxuoso, é inclusivo!

Todavia, posso garantir que esses deficientes tinham mais sanidade de espírito (quiçá mental) que os bonitões que planejaram o ataque e acionaram o detonador remoto, causando a morte de noventa e uma pessoas naquele dia.

domingo, 18 de maio de 2008

Acho que dá pra sair dessa... Acho que dá sim!

Frase proferida pelo pai – e suspeito algoz – da menina Isabella, se fiando na incompetência da advocacia estatal.

O pai da menina é um sábio. Explico...

Grandes criminosos, como os de colarinho branco, não vão presos porque contratam escritórios de advogados privados. Estes enfrentam advogados estatais, que são estatais porque defendem o dinheiro público. Ora, existem exceções, mas a regra básica de uma disputa é: vence o mais eficiente. Como o estado é ineficiente por definição, temos quase que por regra a vitória dos criminosos usurpadores.

Além disso, há pessoas que vivem de processar empresas públicas, é um ótimo negócio.

O estado brasileiro é grande, mas é desengonçado. Como aquele colega de infância que, apesar de ser um bruta montes, apanhava de todo mundo.

Isabella será defendida pelo estado. Então Alexandre, você tem grandes chances de sair dessa...Infelizmente tem sim.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

É cedo para as tropas americanas deixarem o Iraque


Uma constatação longe de ser feliz, mas bastante realista. O ocidente ainda não sabe lidar com algo que podemos chamar de micro-guerra, ou micro-ameaça.

Grupos radicais que agem em blocos pequenos com lideranças fragmentadas ou de comando pouco centralizado. Eis o perfil do inimigo no Iraque e de muitas outras ameaças modernas.

O paradigma de guerra mudou. Você não pode mais usar tropas de soldados armados com bazuca para derrotar um grupo de terroristas espalhados por uma área urbana repleta de civis! É necessário que o mundo livre desenvolva uma maneira de repreender essa ameaça. Soa um pouco maquiavélico, mas a guerra no Iraque é um laboratório para o aprimoramento da tecnologia de defesa moderna.

A robótica, por exemplo, ainda tem muito a contribuir na economia de vidas de soldados. Afirmar que a nanotecnologia já tem sua aplicação bélica pode até ser lugar comum. Vale lembrar, porém, que essa tecnologia poderia também auxiliar nas guerras urbanas como a nossa com os PCCs da vida. E quem sabe evitar que novas “Ingrids” sejam seqüestradas.

Enquanto um nano-inseto não pousar no kibe de um terrorista transmitindo sua localização geográfica e sua conversa por streaming de áudio, não é hora de os americanos deixarem o Iraque.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Não esqueça dela no dia das mães


Uma das mais importantes publicações do mundo, a revista “The Economist”, em sua última edição, chamou a ministra Dilma Rousseff, de “mãe da aceleração do crescimento”. Comente no post: o que você daria a ela no dia das mães que se aproxima?