quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Criando filhos à moda Pôncio Pilatos

Foi com perplexidade e um “quê” de revolta que ouvi, dia desses, comentário sobre educação feito por Rosely Saião, renomada psicóloga e colunista da Bandeirantes, cujas idéias até então pareciam-me pertinentes.

Assustou-me a sugestão feita pela supracitada colunista de que cabe à escola e, consequëntemente, ao professor, a tarefa de educar, no sentido literal da palavra, os seus alunos.

Espera aí! Está certo que cada criança e jovem passa boa parte de seu tempo na escola, tida por alguns como segundo lar. Ora, se é o segundo lar, não é lá a sua casa, nem tampouco o local onde tem seus pertences, seu quarto, seu mundinho... é em casa e com a família! E o professor, todavia, também não é seu pai ou sua mãe, ele é o mediador entre a criança e o mundo do conhecimento cognitivo, não um disciplinador e ditador de bons modos.

Em casa, com a família, é que surgem os hábitos de cada indivíduo. É lá que ele aprende as regras básicas de educação, que a escola, é claro, irá REFORÇAR, mas não ensinar. Num país tão carente em escolas de qualidade e com jovens muitas vezes despreparados para um futuro profissional, parece-me que há coisas mais importantes a fazer do que ensinar que não é bonito mastigar de boca aberta, peidar em sala de aula, arrotar publicamente, falar palavrões deliberadamente...

A escola já compete com internet, televisão e tantas outras tecnologias, só falta agora, diante da premissa da escola como geradora de regras e modos, competir também com o lar, lugar onde então só rola curtição, tudo pode, não há limites, enfim, um verdadeiro playground... Deixa a parte complicada para a escola, “eu serei o amigão do meu filho”.

Ledo engano! Escola e família devem, sim, trabalhar juntas, mas sobrecarregar só uma delas com as missões mais complicadas é omissão. Imaginem se as escolas resolverem dedicar-se a suprir a educação que as crianças não trazem de sua casa e deixar para os pais a função de alfabetizá-las, desenvolver habilidades, raciocínio lógico, criar projetos de pesquisa e prepará-las para o vestibular. Humm, acho que as famílias não vão ter muita vontade de trocar de função não! Pois a escola também não deve ter. Chega de omissão. É hora de trabalhar com unidade de pensamento e ação para alcançar um objetivo maior e conseguir, sem demagogia, uma sociedade mais justa, equilibrada e que saiba viver em harmonia.

4 comentários:

Gilberto Porcidonio (Puppet) disse...

É a típica confusão EDUCAÇÃO e INFORMAÇÃO.



Muito bom blog.
Beijos!

Unknown disse...

Olá, é a primeira vez que visito o seu blog e gostaria de aproveitar a oportunidade para convidar você e todos os seus leitores para visitarem o meu blog profissional. Através dele divulgo a minha carreira de atriz e modelo comercial. O blog está repleto de fotos; artigos de jornais variados e comentários de fãs, amigos, visitantes e pessoas que já trabalharam comigo. O blog é a minha principal forma de divulgação do meu trabalho e por causa dele já consegui muita divulgação da minha imagem em diversas mídias. Caso haja algum interesse o meu e-mail para contato profissional também se encontra no blog. Me faça uma visita e deixe um comentário dizendo o que achou. Divulgue o blog para os seus amigos se você gostar. Atenciosamente, Evelyn Montesano.
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Unknown disse...

concordo plena mente com você educação é responsabilidade dos pais infelizmente hoje em dia a maioria está transferindo essa obrigação para as escolas e por isso que nossa juventude está se perdendo nas drogas e prostituição.

Sonia Gama disse...

Olá, Nancy.

Por mais tempo que os filhos fiquem na escola,, as tarefas são distintas e não dá para confundir educação escolar com educação e formação pessoal, que é o que vem de casa com os exemplos, tratamento, amor e tudo mais. Sou mãe de três filhos e tenho sempre a preocupação de educar bem, mas tenho noção dos meus deveres e sei que não dá para esperar que a escola me substitua nesse trabalho. Boa sorte.
Sonia
www.criandogemeos.blogspot.com